21 de mai. de 2014

Ouvindo sua voz interior!



Ouvindo sua voz interior!
Há momentos em nossas vidas que as coisas vão perdendo os significados. Nossas atitudes parecem que se tornam "vazias", desprovidas do querer fazer. Conceitos e padrões de comportamento até então praticados já não nos dizem mais nada. Eis aí a sinalização interna de que é chegada a hora de uma mudança. É chegada a hora de nos escutarmos atentamente, pois estamos clamando por transformações.

Na busca da realização, se não houver o entusiasmo na jornada, algo está incompleto. Pode ser o medo da decepção que impede a pessoa de dar vazão à sua alegria pelo que está a buscar, pode ser o receio da crítica, principalmente de entes queridos, que não demonstram que irão apoiar estas iniciativas, pode ser muitos outros fatores, mas o mais importante é: "Acreditar que é chegada sua hora".

Se as pessoas soubessem que nada nos garante a segurança, elas não temeriam tanto a insegurança causada pelo que é novo. Tudo que se vai iniciar gera uma expectativa de acerto e um temor de que não dê certo. Natural e normal no ser humano. Isso não deve se tornar empecilho para o fazer.

O que não pode ser considerado natural é o sufocar essa voz interior que nos clama a uma nova forma de agir. Para que não nos atrapalhemos com interpretações errôneas, quando se tem um insight, um "estalar" interior, o mesmo não vem acompanhado com todo um plano já traçado que nos mostra com antecedência tudo que devemos fazer. Existe um forte desejo de mudança e um grande vazio do que e onde, do como fazer. Este vazio é o responsável pelos que fogem de seus sonhos.

Este vazio é na realidade o espaço aberto para que cada um possa encontrar em si o que colocar nele. Portanto, ele não deve ser usado para nos impedir de caminhar, pois devemos saber que será nele que permitiremos possa ir surgindo nossa nova construção.
Aparecerão obstáculos a serem transpostos, superados, mas que apenas consolidarão ainda mais a convicção de se estar no caminho certo, mesmo sem o "mapa" que dite a rota a seguir. Todas as emoções são vividas, não há isenção de sentimentos. Há sim uma sensação de integração conosco mesmos e com o próprio universo. Esta sensação de integração gera uma sensação de harmonia e paz surpreendente. Mesmo vivendo emoções a cada passo, o bem-estar que é gerado torna-se indescritível.

Um exemplo simples que descreve esse processo de mudanças onde se sai do conhecido para o experimentar, é quando nos propomos a fazer um prato sem seguirmos as receitas conhecidas. Temperos e condimentos vão sendo acrescidos sem se saber bem qual o sabor dessas combinações, mas ao mesmo tempo uma convicção de que ficará muito saboroso. E fica.

Para que nossas vozes interiores possam ser ouvidas, precisamos nos desprender de alguns artifícios que adquirimos no decorrer de nossa existência. Precisamos jogar fora nossos sentimentos de culpa, principalmente o que geramos em nós mesmos por não correspondermos ao que os outros esperam de nós. Precisamos parar de querer agradar a tudo e a todos, pois só é possível a boa convivência quando há a aceitação de cada um como cada um realmente é. Então aceitar-se como se realmente é torna-se um dos primeiros passos.

Muitas vezes essa tão falada transformação está apenas na forma como cada pessoa se coloca em tudo aquilo que já faz e já vive. É como se ocorresse uma mudança do ângulo em que se observa algo, e não a mudança desse algo em si.
Tenho também notado que quando essas transformações ocorrem, essas pessoas passam a ser muito melhor aceitas e compreendidas pelos seus, ao contrário do que imaginavam e temiam. Há muito pouco tempo uma senhora me disse: "Se soubesse que iriam me aceitar tão bem, teria me permitido isso a muito mais tempo". O "isso" é exatamente o que mudou dentro dela e que sua voz interior clamava a muito tempo, mas que ela sufocava com receio da reação dos que a cercam.
Você ouve sua voz interior? Você sabe que tem voz própria?




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